A engenharia moderna é capaz de feitos impressionantes. Máquinas gigantes escavam, cortam e erguem pedras com facilidade, realizando o trabalho que antes exigiria milhares de pessoas. Essas tecnologias hidráulicas e mecânicas possibilitam a construção de arranha-céus e outras obras monumentais da atualidade.
Entretanto, o mesmo tipo de façanha foi realizado por civilizações antigas, milhares de anos atrás, durante a construção de templos e monumentos. Essas sociedades ergueram estruturas com blocos de pedra que pesavam centenas de toneladas, algo que representaria um enorme desafio até mesmo para os engenheiros modernos. Surge, então, uma questão intrigante: como esses povos conseguiram cortar, transportar e posicionar pedras tão grandes sem o uso de rodas, polias ou ferramentas metálicas avançadas?
No Egito, por exemplo, além das famosas pirâmides de Gizé, existem os chamados templos do vale. Neles, os blocos usados chegam a pesar cerca de 200 toneladas, muito mais que os blocos de duas ou três toneladas usados nas pirâmides. Essa diferença levanta dúvidas: por que escolher pedras tão grandes, se isso tornava o trabalho mais difícil? E, principalmente, como conseguiram movê-las? Comparando com os métodos atuais, apenas máquinas pesadas poderiam realizar tal feito.
Um caso ainda mais impressionante é o do Templo de Júpiter, em Baalbek, no Líbano, onde há pedras com até mil toneladas. Em uma pedreira próxima, encontra-se a chamada “Pedra da Mulher Grávida”, com cerca de 1.200 toneladas, o equivalente a 21 guindastes modernos para movê-la. No entanto, essas construções datam de uma época em que, supostamente, não existiam rodas, ferro ou mecanismos de tração.
Essa discrepância faz alguns estudiosos questionarem se as civilizações antigas poderiam ter recebido ajuda externa ou dominado tecnologias desconhecidas. Há relatos antigos que mencionam substâncias misteriosas aplicadas nas pedras, capazes de torná-las leves ou moverem-se com facilidade. Embora isso soe como lenda, levanta a hipótese de que alguma forma de tecnologia perdida, talvez relacionada à levitação ou a campos de energia, tenha sido usada.
Outro mistério envolve as ferramentas utilizadas nessas construções. Se o cobre era o metal mais avançado disponível, como os egípcios conseguiram esculpir materiais duros, como granito e basalto, com tamanha precisão? Essa dúvida motivou o arqueólogo inglês Flinders Petrie, no século XIX, a investigar o Egito em busca de evidências técnicas. Ele encontrou brocas e instrumentos de perfuração com marcas extremamente finas e regulares, indícios de uma técnica sofisticada.
Petrie descobriu uma broca tubular feita de granito, marcada por sulcos contínuos e uniformes, semelhantes aos produzidos por ferramentas de alta rotação. Ele acreditava que os egípcios poderiam ter usado diamantes ou outro material capaz de cortar pedra dura. No entanto, nunca foram encontrados diamantes em escavações no Egito antigo, o que mantém o mistério sobre como as ranhuras foram feitas.
Essas descobertas reacenderam teorias de que as civilizações antigas poderiam ter tido acesso a tecnologias avançadas, talvez de origem desconhecida. Enquanto a ciência tradicional busca explicações práticas, muitos consideram possível que esses povos tenham recebido auxílio de visitantes de outros mundos.
O fato é que as grandes obras megalíticas, como as pirâmides, continuam a intrigar arqueólogos, engenheiros e historiadores. As perguntas permanecem: como povos sem máquinas modernas ergueram estruturas tão monumentais? E onde estão as ferramentas que possibilitaram tamanha precisão? Até hoje, o passado guarda segredos que desafiam o conhecimento científico e despertam a imaginação sobre o real alcance tecnológico das antigas civilizações.


